Em primeiro lugar, é necessário verificar se sua profissão exige que você fale e escreva bem. Em caso positivo, lembre-se de que pequenos deslizes provavelmente passarão despercebidos e não farão diferença em suas mensagens. Por outro lado, há erros que são gritantes, facilmente identificados, e por isso mesmo são capazes de comprometer a sua imagem profissional.
Erros de ortografia são percebidos rapidamente, por isso não escreva, como vejo frequentemente nas redes sociais, excessão, mussarela, concerteza, denovo, oque, derrepente, apartir, porisso e voçê. Melhor empregar as formas corretas: exceção, muçarela, com certeza, de novo, o que, de repente, a partir, por isso e você.
Tome cuidado na hora de pronunciar as palavras. Dizer criente, pobrema, rezistro, seje, esteje, mortandela, drepedar, mendingo e tauba, por exemplo, pode revelar um certo desleixo com a sua fala. Prefira cliente, problema, registro, seja, esteja, mortadela, depredar, mendigo e tábua.
Outro problema comum é a falta de acentuação ou a acentuação incorreta dos vocábulos. Vale lembrar que algumas palavras não devem mais receber acento. É caso de voo, perdoo, enjoo, creem, deem e veem. Abandone as formas vôo, perdôo, enjôo, crêem, dêem e vêem. Além disso, troque idéia por ideia; heróico por heroico e assembléia por assembleia. Ah! E nunca mais use o trema: escreva cinquenta e linguiça em vez de cinqüenta e lingüiça. Combinado?
Na hora de escrever, cuidado com as formas abreviadas. Para departamento, use dep. e não depto. Para horas, prefira h no lugar de hs ou hrs. Para gramas, use g em vez de gr ou grs. Você já viu placas com a seguinte informação: “obras à 50 mts”? Elas são bastante comuns, mas estão erradas. Prefira “obras a 50m”.
Para evitar problemas assim, crie o hábito de revisar seus textos, leia bons livros e consulte dicionários sempre que uma dúvida surgir.
Espero que você tenha gostado das dicas de hoje. Até a próxima!
Carla Venâncio é formada em Letras e Pedagogia com especialização em Gramática e mestrado em Língua Portuguesa pela PUC de São Paulo e professora dos cursos de Redação, Expressão e Atendimento ao Cliente no IDPC. Com experiência de mais de 25 anos na Educação, atua há 17 como professora universitária, além de ministrar aulas particulares e treinamentos no mundo corporativo sobre comunicação assertiva, atendimento ao cliente, redação e revisão gramatical. Autora dos livros “Como se escreve”, “100 Dicas de português para se dar bem na hora da paquera” e da coleção “Português para Profissionais de Sucesso”.
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1 Comment
Carla, dica inefável.